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IRPS apoia reforma de Viveiro acessível que impulsiona a inclusão no Cerrado

Na entrada da comunidade da Placa do Mosquito, em Niquelândia/GO um novo marco fortalece o compromisso do Instituto Rupestris com o  Cerrado e a inclusão produtiva: o viveiro da família Dias que foi reformado com apoio do IRPS e da Anglo American passando a contar com uma estrutura acessível e capacidade ampliada para produzir até 20 mil mudas nativas. As melhorias na reforma garantem não só mais capacidade de produção como a inclusão, pois com a adaptação de rampas, pessoas com deficiência, como Clenya Dias podem ter autonomia e segurança no trabalho com o viveiro. 

O espaço é conduzido pelas irmãs Iraci, Clenya e Zeferina Dias, mulheres integrantes da Coopeag – Cooperativa Agroecológica dos Produtores Familiares de Niquelândia. E até chegarmos à esse feito, passamos por um início e vínculo por meio do projeto Sementes do Futuro, uma parceria do Instituto Rupestris com a Anglo American que promove restauração ecológica e inclusão social. Foi a partir desse projeto que se consolidou o elo entre IRPS, Coopeaf e as famílias do Quilombo do Muquém, abrindo caminhos para ações conjuntas de capacitação, produção de mudas e coleta de sementes. 

Com o estreitamento dos laços e, consequentemente, o avanço da parceria, a família Dias passou a integrar iniciativas socioambientais e a produção  que teve início de uma forma mais simples, ganhou um novo impulso com a doação e reforma do viveiro, que agora conta com rampa cimentada, garantindo mobilidade segura para Clenya, mesmo em períodos de chuva.

Esse avanço é fruto de uma trajetória construída com base no trabalho coletivo e na atuação que valoriza os territórios que são berços dos projetos que abraçamos. O IRPS valoriza os saberes locais, o protagonismo feminino e a força do diálogo com as comunidades como pilares para a construção de um futuro mais sustentável. 

FUNBIO e Instituto Rupestris

 Nos dias 22 e 23 de junho de 2025, a equipe de pesquisadores do Centro de Conhecimento em Biodiversidade (INCT/CNPq) — parceiro do projeto Doce Flora, iniciativa conjunta do Instituto Rupestris de Inovação Ambiental em Recuperação, Conservação e Biotecnologias (IRPS) e do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) — esteve nos arredores de Mariana (MG) para dar início às atividades de campo.

Na primeira frente de trabalho, pesquisadores do Centro de Biodiversidade avaliaram a saúde fisiológica das plantas-alvo, medindo taxas de fotossíntese, trocas gasosas e capacidade de tolerância a altas temperaturas. Esses indicadores revelarão a resiliência das espécies vegetais sob estresse térmico e escassez hídrica.

A segunda frente concentrou-se no levantamento da estrutura populacional. Em áreas de alta densidade de indivíduos, a equipe mapeou a distribuição etária e o tamanho dos plantios remanescentes, fornecendo subsídios para diretrizes de manejo e regeneração in situ.

Paralelamente, amostras foliares foram coletadas para análises genéticas, com o objetivo de quantificar a variabilidade e o fluxo gênico entre populações. Esses dados ajudarão a identificar corredores ecológicos prioritários e unidades de conservação genética.

Na quarta frente, especialistas em microbiota do Centro de Conhecimento em Biodiversidade isolaram fungos endofíticos associados às espécies-alvo. Esses microrganismos simbióticos desempenham papel fundamental no aumento da tolerância das plantas a estresses abióticos, como calor extremo e escassez hídrica, além de contribuir para sua resistência contra patógenos.

Os trabalhos ocorreram em Antônio Pereira, Paracatu de Baixo e Barra Longa, todos na região de Mariana, escolhidos por abrigarem populações de plantas ameaçadas. Esta fase piloto será estendida por toda a Bacia do Rio Doce, com novas expedições previstas para os próximos meses, sempre em parceria com o Centro de Conhecimento em Biodiversidade, IRPS e FUNBIO.

A equipe espera que os resultados gerados ao longo do projeto fortaleçam os esforços de conservação da flora ameaçada da Bacia do Rio Doce, oferecendo subsídios científicos para a tomada de decisão e a formulação de políticas ambientais mais eficaze

Restauração no Cerrado: quando a ciência se encontra com a comunidade

Num tempo em que os impactos ambientais se aprofundam e a urgência da regeneração se impõe, uma iniciativa em Niquelândia (GO) mostra que é possível fazer diferente. O projeto SEMENTES DO FUTURO, une conhecimento científico, responsabilidade corporativa e protagonismo local, conduzido pelo Instituto Rupestris, em parceria com a Anglo American, se destaca como exemplo de resiliência e transformação no Cerrado brasileiro.

Mais do que reverter danos ambientais causados pela mineração, a proposta abraça um modelo regenerativo, plantando milhares de mudas de espécies nativas, restaurando ecossistemas e fortalecendo famílias da região por meio da produção de viveiros comunitários. Nas entrelinhas, o projeto revela uma nova forma de fazer desenvolvimento: enraizada na terra e conectada ao futuro.

Neste especial, conheça os resultados, as histórias e os impactos dessa jornada que prova que restaurar a natureza também é restaurar o sentido de pertencimento.

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Pesquisa sobe o gênero Dyckia

O Instituto Rupestris, em parceria com o pesquisador João Victor Rabelo, da UNICAMP, está conduzindo um projeto de pesquisa inovador sobre o gênero Dyckia. Focado nas espécies endêmicas do Quadrilátero Ferrífero, com destaque para aquelas associadas às cangas ferruginosas, o estudo busca elucidar aspectos da evolução e taxonomia dessas plantas únicas.

As cangas ferruginosas, formações geológicas ricas em ferro, abrigam uma biodiversidade singular e ameaçada. Dentro desse contexto, o trabalho não apenas amplia o conhecimento científico sobre o gênero Dyckia, mas também reforça a importância de preservar os ecossistemas associados a essas formações.

Em reconhecimento à relevância da pesquisa, João Victor Rabelo apresentou os primeiros resultados do projeto  em San Diego, Califórnia, nos Estados Unidos. O evento proporcionou uma oportunidade única para divulgar a biodiversidade brasileira e fomentar colaborações internacionais, fortalecendo o papel do Brasil como referência em estudos de conservação e biodiversidade.

Essa iniciativa ressalta o compromisso do Instituto Rupestris em promover a ciência e a conservação ambiental, colaborando com pesquisadores e instituições para compreender e proteger a rica biodiversidade dos biomas brasileiros.

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